O aumento da violência doméstica e as mortes de mulheres e homens no Brasil são um problema urgente que exige atenção e ações eficazes. É comum ouvirmos a frase "Ele ou ela não aceitou a separação" como justificativa para esses crimes. No entanto, a realidade é mais complexa e a falta de uma legislação clara e justa sobre a divisão de bens e responsabilidades durante o processo de separação contribui para o aumento da violência entre casais.

A ideia de que a mulher tem direito à casa, principalmente quando há filhos, sem a devida consideração pelos direitos do homem, pode gerar um sentimento de injustiça e frustração, alimentando o ciclo de violência. A presença de um novo parceiro na casa, fruto de um esforço conjunto do casal, pode gerar conflitos e aumentar a probabilidade de violência.

É fundamental que a justiça revise a forma como a divisão de bens e responsabilidades é aplicada em separações, buscando uma divisão justa e equilibrada que leve em consideração os direitos de ambos os membros do casal. A penalização exclusiva do homem, sem levar em conta a participação da mulher no processo de separação, pode perpetuar a violência e gerar um clima de desequilíbrio e insegurança.

A violência doméstica é um problema social que exige uma abordagem multifacetada, incluindo a revisão das leis e a promoção de políticas públicas que garantam a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos. É preciso garantir que a justiça seja aplicada de forma justa e equilibrada, sem culpar ou punir apenas um dos lados.

É preciso repensar a divisão de bens e responsabilidades em separações para combater a violência doméstica.